23 novembro, 2013

É tempo de bolotas

É tempo de bolotas...
A bolota, um fruto comum a três árvores: azinheira, carvalho e sobreiro, abunda na regiao do Alentejo nos meses de Outono. Normalmente associado a comida para porcos, trata-se de um fruto muito rico que serviu de alimento a povos ancestrais lusitanos, que viam na bolota o sustento para os meses de outono e inverno
Pouco é actualmente falado sobre a utilização da bolota na alimentação, sendo esta desvalorizada e afastada dos grandes centros urbanos. Daí o interesse despertado...
A bolota serviu como ponto de partida para uma caminhada matinal pela tranquilidade das planícies alentejanas e a algumas experiências culinárias.


Com utilização muito semelhante à castanha é possível fazerem-se assadas ou transformar em farinha e utilizar em pães, bolos, etc.

Com base na receita de  Bolinhos de Bolota sairam uns docinhos diferentes e com a farinha que restou pequenos paes de bolota.

16 novembro, 2013

Em jeito de comemoração

Em jeito de comemoração fui jantar ao Restaurante 100 Maneiras. Um restaurante onde o Menu de Degustação é a única opção e o melhor é fazer reserva antecipadamente pois o serviço funciona em dois horários e a sala é pequena.

O espaço, localizado no coração de Lisboa, no Bairro Alto, muito perto do Príncipe Real, é pequeno mas acolhedor, o que está em sintonia com o ambiente descontraído proporcionado pelo serviço ou mesmo pelo prolongamento da cozinha para o balcão que dá para a sala, onde os pratos são finalizados.

Na mesa é colocado o couvert composto por um prato de azeite aromatizado com tomilho e um saco com vários tipos de pães.
O Menu inicia-se com o "Estendal do Bairro" que, como é explicado, é já um ícone do Menu. As tiras de bacalhau desidratado penduradas por pequenas molas num mini estendal enquadram a cozinha do 100 Maneiras na cidade de Lisboa e são um interessante ponto de partida para o menu que se seguiu: "Operação tentáculos" (bolinhas de polvo), "Ostra na espuma dos dias de Verão", "Salmão tropical", "Lasagna de foie gras", "Arroz verde mar", "Drink my mind", "Matança", "Prato de queijo", "Um café e um nata, se faz favor".
No geral gostei muito de todos os pratos, composições bem pensadas e confeccionadas, com seguimento adequado e aspecto muito apelativo. 
Saliento a ostra que é servida numa taça de cocktail com uma combinação de sabores fresca e interessante. O salmão, cozinhado apenas em sal, é servido com um coli de salsa, sorbet de manjericão, lima e sabores cítricos e estava óptimo. Foi aliás o prato que mais apreciei de todo o menu. 
Destaco ainda o corta sabores, "Drink my mind", uma bebida de framboesa com merengue de lima servida nuns pequenos copos em forma de caveira. 
Assinalo apenas como negativo o facto de se tratar de um menu de Verão, quando, apesar dos dias de sol, estamos já em Novembro e não optaríamos por um prato com melancia como ingrediente como se verificou no prato de queijos. 
Tirando este pequeno ponto negativo, praticamente suplantado pela qualidade de todos os pratos, bem como pela frescura de ingredientes e qualidade de serviço, gostei muito da experiência.
Nota-se uma abordagem inspirada em Lisboa, onde se adequam os sabores mediterrânicos actuais com aspectos típicos como acontece na sobremesa que retrata a imagem de muitos cafés de Lisboa, aqui com a desconstrução do pastel de nata acompanhado de um café.
A opção de bebida recaiu pela escolha de um vinho branco que acompanhou praticamente todo o menu. Seguindo a sugestão do escanção, por certo acertada, uma garrafa de Palpite 2010.
Depois da degustação no restaurante e um petisco de final de dia na Pekaria, fica ainda por experimentar a cozinha de Ljubomir Stanisic no Bistro, esta numa abordagem diferente.


Rua do Teixeira, 35, Bairro Alto - 1200-459 Lisboa, Portugal 
Horário: 19h30 ás 02h00

03 novembro, 2013

Um almoço na Pizzaria

Antes de experimentar o novo espaço de José Avillez no Teatro Nacional de S. Carlos, é tempo de um almoço na Pizzaria Lisboa.
O espaço decorado de forma simples e agradável é o ideal para um almoço informal onde as mesas não têm toalhas e os pratos e copos são de esmalte. O serviço é também descontraído e sem quaisquer pontos negativos a apontar.
Quanto ao almoço em si, foi iniciado pelo couvert colocado na mesa: focacia e palitos de pão, manteiga de trufa, azeite e molho de tomate. Tudo de elevada qualidade e óptimo sabor com especial destaque para a manteiga de trufa que estava óptima.
Seguiram-se duas entradas para dividir: "Beringela no forno com mozzarella, tomate, e parmesão" e "Brusqueta de tomate com azeitonas e mangericão".
Nas pizzas provei a Chiado com mozzarella de búfala, alcachofras, presunto de Chaves e óregãos e a Figueira, semelhante mas com figos do Algarve e manjericão.
No geral estava tudo muito bom, a massa fina e estaladiça e os ingredientes de qualidade com utilização de produtos portugueses. 
O ponto fraco esteve na quantidade de ingredientes principais colocados nas pizzas. Não sou apreciadora de pizzas completamente cheias onde não se consegue saborear a massa mas neste caso penso que as pizzas só teriam a ganhar com um pequeno aumento na quantidade de ingredientes utilizados.
Do menu constam, para além das pizzas, calzones, risottos, massas e saladas, as "Extravagâncias de Pizzas", pizzas que podem fazer as delícias de um cliente mais arrojado, com ingredientes mais caros desde os carabineiros do Algarve às trufas de Périgord.
 
Rua dos Duques de Bragança, 5H, Lisboa 
+351 21 155 49 45  
Segunda a sexta 12h30 -15h00 | 19h30 - 00h00
Sábado 12h30 -16h00 | 19h30 - 00h00
Domingo e feriados 12h30 -16h00 | 19h30 - 23h00