27 dezembro, 2013

Um crepe na Ribeira

Muito próximo do Mercado da Ribeira, na Crêperie da Ribeira podem-se provar os verdadeiros crepes doces franceses e as galettes salgadas elaborados com ingredientes frescos trazidos do próprio mercado. 
Um espaço pequeno, muito bem aproveitado com uma pequena cozinha aberta para a sala e uma decoração moderna com utilização de paletes de madeira a cobrir as paredes, é um espaço descontraído e acolhedor.
Os crepes salgados, feitos com farinha de sarraceno biológica são isentos de glúten, o que para além de saborosos os coloca na lista de escolhas de quem deve evitar esta proteína. Todos são ainda acompanhados por uma taça de salada mista e para beber há vinhos a copo e limonada, tudo boas opções.
La Crêperie da Ribeira 
R. da Moeda nº1, Lisboa

25 dezembro, 2013

Tradições de Natal

Qualquer Natal que se preze tem sempre intrinseco alguma ou algumas tradições no que diz respeito ao campo gastronómico.
No meu é presença constante as Empanadilhas com recheio de batata doce e de grão com amêndoa. 
Empanadilhas são fritos doces tradicionais do Natal, em muitas outras zonas do país conhecidos como Azevias. Muito bem amassadas pela avó até a massar ficar bem fininha e elástica e com muitos segredos pelo meio são fritas em óleo bem quente depois de recheadas. Por fim polvilhadas com açúcar e canela fazem as delícias da mesa de Natal.
 Com o excedente de massa moldam-se as Filhoses.
 Uma versão mais saudável e nem por isso menos saborosa é a confecção no forno.
 Um Doce Natal!

21 dezembro, 2013

As cores do Inverno

Nem sempre com cores escuras e tristonhas nos cumprimenta o Inverno. 

Inicia-se hoje a estação mais fria do ano, este ano num bonito dia de sol que revela o colorido nas árvores de espécies como o medronheiro, uma planta nativa da região mediterrânea e da Europa Ocidental. Com elevada concentração em serras, foi na Serra da Estrela que esta árvore proporcionou um verdadeiro vislumbre de cores ao olhar.

Colhidos no final do Outono e princípios do Inverno, o medronho, com utilização mais conhecida em licores e aguardentes, é um fruto de doçura moderada que pode ter outro tipo de utilização na cozinha.
Foi uma surpresa a sua excelente conjugação com o chocolate negro como recheio de bombons.

20 dezembro, 2013

O Espírito dos Licores

O Centro de Artes Culinárias, situado no Mercado de Santa Clara em Lisboa é um espaço dedicado à divulgação da cultura da alimentação. Organiza actividades que têm por base tradições, histórias e práticas alimentares. Numa interacção com o público este espaço pretende juntar os saberes e tradições com novos produtos e produtores, podendo-se inclusivamente adquirir aqui produtos de produção nacional.
Neste momento, a par com outras actividades, encontra-se patente a exposição "O Espírito dos Licores". Uma exposição que viaja na história e apresenta livros, instrumentos para o fabrico dos licores, cartazes publicitários e utensílios para o serviço. E para se aprender um pouco mais sobre esta bebida, é possível ainda adquirir o livro de Ana Marques Pereira, "Licores de Portugal (1880-1980)".
O Centro de Artes Culinárias é sempre um espaço agradável de visitar, e ainda, uma boa desculpa para dar um saltinho à feira da Ladra.

Mercado de Santa Clara, Campo de Santa Clara, Lisboa
Telefone: 218 853 211 / 218 860 077

16 dezembro, 2013

Encontro de Outono

Foi na véspera do dia de S. Martinho que se realizou na Herdade do Freixo do Meio (HFM) no Alentejo, o 2º Encontro do Outono. Aproveitando o verão de S.Martinho, foi um dia óptimo para todas as actividades programadas.
O dia começou com "O Mundo dos Cogumelos no Montado" com Alfredo Cunhal Sendim e desenrolou-se com a colheita de cogumelos que possibilitou uma caminhada exploratória pela Herdade, terminando com a exposição e análise das espécies colhidas.
O almoço, um fantástico cozido biológico seguido de um café de bolota, possibilitou o merecido descanso e convívio.
Na parte da tarde, para além da visita à feira de produtos biológicos e locais houve ainda tempo para conhecer o método de Agricultura Biointensiva que a HFM está a desenvolver para aproveitamento de solos sobrecarregados em tempos passados por métodos de agricultura intensiva.
A organização está de parabéns, pois mesmo com mais de 800 pessoas na Herdade tudo correu na perfeição. Para além disso foi uma óptima iniciativa para conhecer a HFM e alguns dos seus projectos, bem como a utilização sustentável dos recursos disponíveis.

Herdade do Freixo do Meio
7050-704 Foros de Vale Figueira

03 dezembro, 2013

Um palpite e mais qualquer coisa

De um Palpite Branco degustado no restaurante 100 Maneiras aqui referido no post "Em jeito de comemoração", surgiu uma visita à Adega Fita Preta.
Conhecido o Palpite, veio o interesse e a visita ao site. Curiosamente a adega localizava-se próximo do sítio onde estava e daí a ideia de visitá-la. 
Uma pronta resposta indicou-me que não dispunham de serviço oficial de enoturismo mas que teriam todo o prazer em receber quem os quisesse visitar e dar a conhecer os vinhos.
E assim foi...e assim fiquei a conhecer mais sobre a Fita Preta, o Palpite e os restantes vinhos: Sexy, Fita Preta e Preta. 
A recepção foi feita por um dos enólogos que nos falou da história da Fita Preta e dos seus vinhos. Falou-nos dos testes que são feitos na adega, da forma de produção em que o objectivo máximo é preservar os sabores e aromas provenientes das uvas. Falou-nos da sua experiência e de outros enólogos em vindimas em grandes zonas produtoras de vinho no mundo, das dificuldades iniciais com a aceitação de um vinho com aparência moderna feito por jovens enólogos (Sexy) e falou-nos de como o reconhecimento de um bom trabalho chegou através de prémios conseguidos no estrangeiro.
E para conhecer um vinho nada melhor que prová-lo. 
Foi feita a prova das três gamas de vinhos e comprovado o reconhecimento que a Fita Preta está a conseguir. 
Os vinhos, trabalhados com conhecimento e gosto, são de facto muito bons. Confesso que fui surpreendida pelo Sexy pois, tal como muita gente, tinha o preconceito que um vinho com este nome e imagem não seria bom. Estava completamente enganada, os vinhos não se avaliam por nomes ou imagem de rótulos.
A conversa prolongou-se, falou-se um pouco sobre os vinhos em Portugal, sobre o serviço de vinhos na restauração e contaram-se algumas histórias engraçadas sobre a Fita Preta. Sempre com um evidente amor à profissão notou-se um entusiasmo forte por aquilo que se faz e só assim se atingem objectivos e se criam bons produtos.
Um muito obrigado à Fita Preta e o desejo de continuação de boas produção pois por aqui fiquei fã.